sexta-feira, 8 de abril de 2011

Do fundo da mente

Começo a escrever novas linhas de uma história batida: um coração partido. Logo nas primeiras frases, bloqueio o pensamento. No primeiro momento, porque a dor foi maior do que a vontade de tirá-la do peito; no segundo, porque achei inútil. Inútil? Sim, explicarei.

É inútil escrever mais um texto de um ser que é apaixonado por outro que não o corresponde. É uma situação comum, que não vai mudar. Acreditar que ele vai estar na porta da sua casa com um buque de rosas vermelhas (suas preferidas) dizendo que você é o amor da vida dele é pura utopia. Coisa de adolescente apaixonada. Você já superou essa fase (ao menos deveria tentar).

Penso melhor e recomeço a escrever. Fazer contos é mais feliz; você pode dar o final que quiser. Pode fazer a mocinha sofrer durante 30 linhas completas e escrever 3 frases no final que mudam a vida dela. O pior é não poder fazer isso na vida real. Ou será...

Após escrever as 33 linhas da vida mais conturbada de uma personagem, me dei conta da metáfora que criei. Sua vida não precisa ser uma linda história de amor do inicio ao fim. Você pode ter conflitos, confusões, tramas, suspenses, dramas... Mas pode muito bem botar a frase final que você quiser. Afinal, quem escreve sua vida é você.

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