quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não tem como suportar

“A verdade pode até doer, mas não mais do que a mentira.”


- Já te pedi desculpas, Lily.

-Desculpas não são suficientes. Não dá mais para a gente. Adeus.

E ela foi embora. Simplesmente virou as costas e saiu. Exatamente embaixo daquele mesmo teto que, há um ano e dois meses atrás eles haviam dado seu primeiro beijo, eles deram seu último. Motivo? Lily não agüentava mais. Depois de ser trocada pelas amigas, ser abandonada nas férias e (pior de todos) ter sido traída, ela simplesmente não agüentou mais. Sabe, os corações suportam alguns rasgos, mais chega uma hora que não tem mais aonde costurar. E a ferida fica aberta. E machuca. E dói. É insuportável.

No caminho de volta para casa, Lily chora. “Por que ele fez isso comigo? A gente estava tão bem. Eu era tão apaixonada por ele! E ele me trái?! Que tipo de amor é esse?” ela lembra. Ela ainda sabe o número da casa dele. Ela sente falta dos abraços. Dos sorrisos (aquele torto pelo qual ela se apaixonou). Não vai esquecer. Mas quer tirar tudo isso do centro do seu coração.

E a vida continua...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tentando se juntar...

Imagine-se como um quebra-cabeça de mil peças. Agora imagine que alguém veio e lhe espalhou pelo chão. Você está perdido. Outro alguém ajuda você e começa a lhe montar de volta. Só que essa pessoa não fica com você. Vai embora, e pior: leva um pedaço de você.

Aflição. Você sente o vazio daquela peça. Você até tenta se reorganizar, deixar aquele pedacinho em paz, mas não consegue. Tenta colocar outras coisas no lugar, mas não funciona (o papel nunca vai ter o mesmo formato). E ai começa: O fôlego falta. O coração aperta. A cabeça dói. É difícil sorrir. É difícil ser você. Impossível se concentrar. Quando o choro funciona como uma válvula de escape – não te faz esquecer, mas faz você se sentir menos angustiado.

Você sabe que a peça que está faltando continua a sua vida longe de você. Mas ela também sente falta. Ela tenta te encontrar novamente. Mas é difícil. Existem muitos obstáculos no caminho.

O que te motiva a continuar são apenas promessas... “Nós vamos nos encontrar de novo, não se preocupe. Não me esquecerei de você...”

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Epopéia do amor

“A distância entre a amizade e o amor pode ser a distância de um beijo.”


Tudo começou com um “oi, tudo bom? meu nome é...” e daí vocês se apaixonaram. Não, não foi tão fácil. Depois do “oi” inicial, vocês... Simplesmente não ligaram um para o outro! Se conheceram por acaso. Sem interesses... Hum, daí tem coisa.

O tempo foi passando e surgiu a ‘coleguisse’. Explicando: é o famoso “ah, conheço de algum lugar! Só não lembro muito bem o nome...”. Depois de mais um tempinho, veio a amizade. Eita sentimento bonito. O espírito de “to contigo e não abro” reina. Os abraços começam. As brincadeiras também. Agora já era. Mais dia menos dia a praga do amor te pega.

Passou mais um tempo. Depois que a convivência apertou, você percebeu uma coisa diferente batendo em sua barriga. Não, não foi a feijoada do almoço. São as malditas borboletas no estômago. Aquela amizade linda se transformou em amor. Pior: você acha que é recíproco! E não foi só porque o outro começou a falar mais perto do que o normal. E agora? O que fazer quando os abraços se apertam mais?

Quer um conselho? Aproveita! E daí se mandaram você estudar para o vestibular? Amor não mata, ensina a viver. E tenho dito.

Carta de um suicida

Primeiramente, antes de começar o texto, que fique BEM CLARO: não, NÃO vou me matar!!! Isso é um texto de FICÇÃO!!!! Não pensem besteira, pelo amooooooor de Deus! Obrigada.


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Olá. Se você estar vendo isso, talvez eu não esteja mais nesse mundo. Quero dizer que não fiquem tristes. Foi melhor assim. Agora, sendo mais realista: deixei essa vida por não agüentar mais. Sei que soou meio clichê, mas é a verdade. Não é fácil suportar.

Queria pedir desculpa. Sei que sempre peço desculpas, mas agora é a ultima vez, prometo. Quero pedir desculpa para os meus pais, por nunca ter sido de fato o filho ideal. Por todas as vezes que eu não quis contar alguma coisa. Saibam que eu tinha meus motivos. Pedir desculpas para as pessoas que me amam por ter feito isso com vocês.

Resolvi fazer isso para me ver livre de vez. Livre das pressões do mundo. Sabe, quando se é jovem, todos depositam muita esperança em você. E isso é terrível! Já não agüentava mais a cobrança.

Entendam: nunca vou deixar vocês. Acredito que em algum lugar tem uma vida nova para todos. Mas eu vou estar sempre nas pequenas coisas que fazíamos juntos.

Ah, por favor, não chorem. Isso vai me fazer sentir pior. Lembrem-se sempre do meu sorriso, por que sempre me lembrarei do de vocês.

                                              Com amor,

                                                      De quem se decepcionou muito com tudo

"Um novo fim para um amor normal"

E aquela noite foi o começo do fim. Você não se via mais com ele ao seu lado e decidiu salvar seu coração de todas as ilusões que ele te cercou. Foi uma “separação sem traumas” para ambos os lados.

O tempo passou. Quando você começou a abrir seus livros, sua agenda e suas gavetas, começou a perceber que ele estava em todos os lugares. Decidiu juntar o passado em um só lugar. Abriu uma caixa e jogou lá todos os bilhetes, papeis rasgados, cartas e pétalas de rosas secas. Sentiu-se livre por um momento. Não sofreu com isso, afinal são lembranças boas da sua vida que você não quer jogar fora. Apenas juntou tudo em um canto.

Vinte anos se passaram. Vocês não se vêem mais com tanta freqüência. Na verdade, depois do 3º ano naquele colégio vocês nunca mais se viram. Você tem filhos. Uma delas decidiu abrir seu guarda roupa e mexer nas coisas antigas. Achou a caixa e perguntou “o que tem aqui mamãe?” você resolve mostrar. Afinal, um dia vai ser a vez dela. Você abre a caixa e começa: “foi no meio de todas essas coisas que eu descobri o que é amar e perder alguém...”